terça-feira, junho 19, 2007


Não, caminhemos do fogo ao fogo,
Da dor apaixonada ao mais mortal prazer -
Sou ainda muito novo para viver sem desejo,
E tu muito nova para gastares a noite de Verão
Com vãs questões, que os homens desde sempre
Buscaram de videntes e oráculos, sem ter resposta.

Porque, minha querida, melhor é sentir do que saber,
E a sabedoria é uma linhagem sem filhos;
Uma palpitação de amor - o primeiro fulgor juvenil -
Valem bem o tesouro dos provérbios de um sábio;
Não atormentes a tua alma com filosofia morta:
Não temos nós lábios para beijar, corações para amar, olhos para ver?

Oscar Wilde.

Poemas de Oscar Wilde de Margarida Vale de Gato
Publicações Relógio D’Água

Foto de Eric Reis
http://olhares.aeiou.pt/pela_estrada_fora/foto155631.html

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