Conselho

Cerca de grandes muros quem te sonhas.
Depois, onde é visível o jardim
Através do portão de grade dada,
Põe quantas flores são as mais risonhas,
Para que te conheçam só assim.
Onde ninguém o vir não ponhas nada.

Faze canteiros como os que outros têm,
Onde os olhares possam entrever
O teu jardim com lho vais mostrar.
Mas onde és teu, e nunca o vê ninguém,
Deixa as flores que vêm do chão crescer
E deixa as ervas naturais medrar.

Faze de ti um duplo ser guardado;
E que ninguém, que veja e fite, possa
Saber mais que um jardim de quem tu és -
Um jardim ostensivo e reservado,
Por trás do qual a flor nativa roça
A erva tão pobre que nem tu a vês...

Cancioneiro

Qualquer Música


Qualquer Música , ah, qualquer,
Logo que me tire da alma
Esta incerteza que quer
Qualquer impossível calma!

Qualquer música - guitarra,
Viola, harmônio, realejo...
Um canto que se desgarra...
Um sonho em que nada vejo...

Qualquer coisa que não vida!
Jota, fado, a confusão
Da última dança vivida...
Que eu não sinta o coração!

Cancioneiro

Não resisto...

Não resisto a chamar-lhe idiota...Sr. Presidente da Câmara do Porto, Rui Rio....
Mais uma vez prova que não merece o lugar que lhe foi confiado...
O circuito da Boavista foi muito giro, foi giríssimo para os seus amigos... pois mais ninguém lá pôs os pés...mas verbas da Câmara do Porto não faltaram, pois não?!! Mas a Feira do Livro do Porto não necessita de qualquer verba, claro... entenda-se feira = povo, certo? É mais uma tradição da cidade, que não lhe diz respeito... tenha vergonha e candidate-se a Presidente da Junta... da Foz.

Encontrei depois de uma dica... ;-)


Esses eus de que somos feitos, sobrepostos como pratos empilhados nas mãos de um empregado de mesa, têm outros vínculos, outras simpatias, pequenas constituições e direitos próprios - chamem-lhes o que quiserem (e muitas destas coisas nem sequer têm nome) - de modo que um deles só comparece se chover, outro só numa sala de cortinados verdes, outro se Mrs. Jones não estiver presente, outro ainda se se lhe prometer um copo de vinho - e assim por diante; pois cada indivíduo poderá multiplicar, a partir da sua experiência pessoal, os diversos compromissos que os seus diversos eus estabelecerem consigo - e alguns são demasiado absurdos e ridículos para figurarem numa obra impressa.

Virginia Woolf

11 anos e 1 mês depois....

Our life together is so precious together
We have grown, we have grown
Although our love is still special
Let's take a chance and fly away somewhere alone

It's been too long since we took the time
No-one's to blame, I know time flies so quickly
But when I see you darling
It's like we both are falling in love again
It'll be just like starting over, starting over

It's been too long since we took the time
No-one's to blame, I know time flies so quickly
But when I see you darling
It's like we both are falling in love again
It'll be just like starting over, starting over

Our life together is so precious together
We have grown, we have grown
Although our love is still special
Let's take a chance and fly away somewhere

John Lennon

"A questão de se ser demasiado profundo.
A verdade nem sempre está no fundo de um poço. Tal como acontece com a sabedoria mais importante, acredito que a verdade está invariavelmente à superfície. A profundidade está nos vales onde a procuramos e não nos cumes das montanhas onde a encontramos. As formas e origens deste tipo de erro estão bem tipificadas na contemplação dos corpos celestes. Olhar para uma estrela de lado, vê-la de forma transversal utilizando a parte exterior da retina ( mais sensível a estímulos fracos que a parte central) permite ver a estrela nitidamente e apreciar melhor o seu brilho, brilho esse que vai diminuíndo se olharmos directamente para ela. Uma profundidade desmedida confunde e enfraquece o pensamento, sendo até possível fazer desaparecer Vénus do firmamento se observarmos muito em pormenor, com demasiada concentração ou muito directamente."

Edgar Alan Poe

Sometimes you see it, sometimes you don't…Sometimes you can see what you want to see, sometimes you don’t…

Sem contribuições…